sábado, 11 de dezembro de 2010

Há Canções e Há Momentos.

Milton Nascimento cantou isso:

"Há canções e há momentos, e eu não sei como explicar, em que a voz é um instrumento que eu não posso controlar. Ela vai ao infinito, ela amarra todos nós, e é um só sentimento, na platéia e na voz... Há canções e há momentos, em que a voz vem da raiz, eu não sei se quando triste ou se quando sou feliz. Eu só sei que há momentos, que se casa com canção, de fazer tal casamento, vive a minha profissão".

Essa sentença por ele composta é a definição perfeita da função primordial que a música exerce sobre nossas vidas - Cito 'nossas' no sentido amplo - pois, para se entender a melodia e letra é preciso ter discernimento social, senso crítico e alguma noção de civilidade humana.
Não elaborarei teses midiáticas acerca de músicas comerciais ou de banalização de massas (Vou não, quero não, minha mulher não deixa não...), mas falo na poesia, no verso e prosa que as nossas melhores letras carregam em sua melodia. Ao adentrar-mos nessas letras veremos nuances psíquicos que imediatamente nos levam a determinada situação já vivida, ou, quiçá, nos faz enxergar um Déjà vu como frisou Boirac (1851-1917). [ "A expressão francesa, significa “já visto”, é usada para indicar um fenômeno que acontece no cérebro da maior parte da população mundial. O termo foi aplicado pela primeira vez por Emile Boirac, um estudioso interessado em fenômenos psicológicos. Déjà vu é quando nós vemos ou sentimos algo pela primeira vez e temos a sensação de já ter visto ou experimentado aquela sensação anteriormente].
Portanto, o ideal será estimular a juventude de hoje a curtir nossas músicas de um jeito mais didático, de promoção do conhecimento. Integrar debates em sala sobre a língua portuguesa e o regionalismo linguístico. Estimular ainda através das redes sociais o prazer em difundir a cultura musical do nosso celeiro amplamente, sem limitações. E de tal modo, não permitir que 'obras cantadas' de péssimo gosto ou de gosto duvidoso sejam voz corrente na cultura popular.
É por ai.

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Sou o que me convém ser...

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