terça-feira, 25 de agosto de 2009

Pense no texto. E que texto...

AMORES REFOGADOS
Martha Medeiros


Um amor pode ser desperdiçado?
Todos aqueles que já sofreram por amor responderiam intempestivamente: sim. O amor que não interage com o ser amado, o amor que não é retribuído, que não é compreendido ou valorizado, são todos amores que não servem para nada, a não ser para minar nossas forças e nos desestimular a tentar de novo.
Assim parece. Para que serviria este amor unilateral, vivido a sós? Mas ele serve para muitas coisas. É como a sobra da carne que vai para o refogado, a sobra das verduras que vira sopa. É possível se alimentar do que resta do amor.
Não jogue no lixo o que você sente, mesmo que seu amor já não tenha bom aspecto, mesmo que pareça ter perdido o prazo de validade. Você mudou.
Você viveu. Aprendeu. Se está amando, é porque conheceu alguém que lhe provocou sensações raras e estimulantes. É porque estava desarmado diante do amor, porque não reconheceu no amor um inimigo. Frente a frente com um sentimento, é melhor não brigar. Vencendo ou perdendo, você sai mais forte.
Não se lastime por estar perdendo tempo com um amor inútil. Nada que faça você chorar ou ficar em silêncio é inútil. São nessas etapas que tentamos entender melhor nosso jeito de estar no mundo, é nessa hora que ficamos mais atentos ao que diz o coração. E se o coração está dizendo "eu amo e não sou amado", não receba isso como uma sentença, como um atestado de fracasso, e sim como uma benção: seu coração fala. Bate. Está vivo.
Saudades de frases, beijos e reciprocidade não diminuem você, não fazem de você um infeliz. Você tem uma história pra contar, um romance pra lembrar:
Você tem, não precisa inventar. O que foi vivido é seu, ninguém lhe tira, ausência nenhuma tem o poder de cancelar.
Não tente transformar o que sobrou do amor em amor fresco, porque as coisas não voltam. Aceite os restos de amor como uma herança de algo bom que passou, como algo que pode ser reaproveitado, que pode vitaminizá-lo para os próximos passos.
Não desperdice este amor que está aí dentro, desaproveitado.
Transforme-o em alimento energético, que também tem o seu sabor.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Senado Federal

Que a corrupção é endêmica isso não é novidade. Que entre tantos picaretas em Brasília, alguns são homens de bem, isso é incontestável. Mas o meu espanto é a passividade da sociedade brasileira como um todo.
Eu nem vou citar nenhum dos escabrosos assuntos em voga, pois não caberia o tanto de ocorrência neste blog. E cada entrevista que vejo minha maquiagem de palhaço vai ficando mais definida.

PQP Brasil. PQP!!!!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

E tudo se resume a uma prataria.

Imagem cooptada de produtostramontina.blogspot.com

Tem horas que a nos perguntamos em que se resume a falta de argumentação. Quais lampejos de sabedoria - ou ausência de discernimento - nos impõe a exercer o dom da fala e despejarmos verdades incontidas que só são reveladas após alguns vários goles de álcool?

E por falar em bebida, lembremos do isopor, essa maravilha de invenção que nos garante a temperatura, senão ideal, ou próxima dela, para que o momento exato possamos usufruir daquilo que conservamos em outrora? Coisas práticas, não é mesmo? Tudo se conserva, tudo se guarda, tudo se usa... E assim se conserva o gelo, se preserva o calor. TUDO.

Já que esse texto é práticamente um 'Mais Você' de Ana Maria Braga, degusto mais um cigarro ouvindo a leve e serena sinfonia da noite, onde as passadas por mais distantes parecem próximas. Observo atentamente as louças, os copos, as panelas, meu cachorro Thor, e todo aquele universo opaco que a cozinha de minha casa reflete: É preciso trocar as pratarias (Obs pertinete: aqui é tramontina)? Ou será preciso uma mudança mais límpida, tranquila, amena...

Na verdade, na verdade vos digo, é preciso mudar a concepção. É preciso trasnformar coisas bobas em bobas coisas, jamais deixar que pequenas avarias comprometam o resultado final.


Tem um futuro batendo a janela, a porta, a cara, cobrando uma postura mais contempladora com a realidade e as realizações. E nem tudo será resolvido, esquecido ou apagado apenas trocando o faqueiro.

E faça-se a luz...

Sou o que me convém ser...

Sou o que me convém ser...