quarta-feira, 11 de abril de 2012

Nunca é perene...

Ivan Lins é um dos mais completos compositores do país. Ele, como poucos, consegue escrever as mais belas composições que são viscerais e podem, graças a riqueza das estrofes, simbolizar a velha máxima de que a vida imita a arte. O Som da Noite desta quarta feira de abril, traz a composição "Coração de Isopor"... Não consegui achar o vídeo, então segue a letra. E ela vem diagnosticar a verve "nelsonrodriguiana" que habita em mim. Mas não me iludo, não se iluda... Esse habitar é de aluguel, nunca é perene.



"Meu coração é feito de isopor

Mantém o gelo, mantém o calor
Depende do teu tipo de amor
O que me dás é o que eu te dou...

Por isso é que às vezes te esqueço
Simplesmente eu te desconheço
Estás dentro dos olhos
E eu não te vejo
Estás dentro da boca
E eu não te beijo




Estás nas minhas lágrimas
E eu não te choro
Estás dentro de mim
E eu te ignoro



No coração...

Por isso tantaz vezes te pressinto
Por loucura ou por instinto
Estás em algum quarto
Eu te retiro
Estás em algum sonho
Eu interfiro

Estás com o pé na estrada
Te desgoverno
Estás dentro de mim
Ou no inferno"

Com que roupa eu vou?

Escolhas. Talvez o maior dilema que o humano enfrenta na doce rotina de viver.

Não falo em decisões da roupa, da cor, do corte do cabelo, do show ou do restaurante da moda. Falo nas implicações que temos ao escolher determinado caminho ou status social, já que seremos eternamente responsáveis pela decisão que nos fez escolher essa ou aquela variável.

Muitas vezes nosso egocentrismo nos empurra – ladeira abaixo – em busca daquilo que achamos acreditar ou até acreditamos. Ou seja: Queremos o bônus, mas não arcamos com o ônus. Na verdade, assumir a responsabilidade pelas nossas escolhas é o maior dos desafios.

Optar é sem sombra de dúvidas se privar de algo, ou um ou outro; Mas se alternamos nesta escolha em prol de determinada situação, é que inexoravelmente optamos nisso ou naquilo que nos parece ser melhor ou mais apropriado ao que desejamos.
Desde cedo aprendi que nunca iria me arrepender das escolhas, é quase um dogma. Mas desde cedo também descobri que se fui eu quem escolheu, nada mais lógico que eu mesmo pague o preço pela decisão. E isso serve para mim, para você, para todos nós.

Claro, muitas escolhas custarão horas de ceticismo e cinismo de nossa parte, o orgulho nos fará agir assim. E nesse momento, vem o barulhinho da máquina registradora: Paguemos o preço. Mas peça recibo. Lá na frente, você poderá provar – nem que seja pra si mesmo – que pagou o preço justo pela escolha que fez.

Simples assim,  feito beber água...

Ah, depois de ler, ouvir Miss Possi, claro.











Sou o que me convém ser...

Sou o que me convém ser...