quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Você não me conhece.

Texto inexplicavelmente sensacional. Música avassaladora. Deleite-se então!
Autoria :Fauzi Arap

Eu vou te contar que você não me conhece...
E eu tenho que gritar isso porque você está surdo e não me ouve!
A sedução me escraviza à você...
Ao fim de tudo você permanece comigo, mais presa ao que eu criei e não a mim.
E quanto mais falo sobre a verdade inteira um abismo maior nos separa...
Você não tem um nome, eu tenho...
Você é um rosto na multidão, e eu sou o centro das atenções, mas a mentira da aparência do que eu sou, e a mentira da aparência do que você é.
Por que eu, eu não sou o meu nome, e você não é ninguém...
O jogo perigoso que eu pratico aqui, ele busca a chegar ao limite possível da aproximação.
Através da aceitação, da distância, e do reconhecimento dela.
Entre eu e você existe a notícia que nos separa...
Eu quero que você me veja nu, eu me dispo da notícia.
E a minha nudez parada, te denuncia, e te espelha...
Eu me delato, tu me relatas... Eu nos acuso, e confesso por nós.
Assim, me livro das palavras, com as quais você me veste.




Eu sei que eu tenho um jeito meio estúpido de ser
E de dizer, coisas que podem magoar e te ofender...
Mas cada um tem o seu jeito todo próprio de amar e de se defender.

Você me acusa, e só me preocupa. Agrava mais e mais a minha culpa. E eu faço e desfaço contrafeito, o meu defeito é te amar demais.

Palavras são palavras, e a gente nem percebe o que disse sem querer, e o que deixou pra depois. Mas o importante é perceber que a nossa vida em comum, depende só e unicamente de nós dois.

Eu tento achar um jeito pra explicar, você bem que podia me aceitar...
Eu sei que eu tenho um jeito meio estúpido de ser, mas é assim, que eu sei te amar...

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Sou o que me convém ser...

Sou o que me convém ser...