quarta-feira, 25 de julho de 2007

Vontade de ser Médici


Até dá para se entender. Tudo estava preparado para que o senhor Lula fosse ovacionado no Maracanã, o mesmo palco em que Médici foi aplaudido de pé. Mas o carioca é mais politizado do que boa parte do restante do País. Por isso mesmo, é verdade, que é um público que se revela sempre crítico, normalmente em oposição aos governantes, talvez não chegando ao brocardo utilizado por “los hermanos”: “se hay gobierno soy contra”. Mesmo porque aplaudiu o prefeito do Rio de Janeiro. Todavia, a vaia foi ensaiada logo à chegada do Sr Lula.
A “Globo”, que ao revés do brocardo, se há governo está lá puxando o s. pára manter a “boquinha”, por seu cansativo locutor, cansa no futebol, cansa na F1, logo informou que aquela ameaça de vaias era devida ao anúncio, no telão, do início em 10 minutos da cerimônia que já estava atrasado. Para quem assistia pela televisão aparentava ser apenas uma ameaça, mas alguns jornais independentes informam que foram seis, ou seja, toda vez que se fez referência a ele e na hora da abertura dos Jogos ter sido “uma vaia gigantesca”. O anúncio da declaração da abertura dos jogos pelo Presidente da República já havia sido feito. Houve uma perceptível mudança no cerimonial. Até parecia que o senhor Nusmann, num rasgo de iniciativa, havia tomado a decisão e declarado abertos os Jogos. Engano. O Senhor Lula, a quem não se pode negar inteligência e sagacidade, ante o desastre, declinou da honra da abertura. Mais astúcia, manha do que inteligência. Possivelmente a “ex”-subversiva Dilma, ou o Sr Manteiga, que para tudo têm uma desculpa, vão alegar na 2ª feira, que houve apenas uma pane de comunicação, impedindo a passagem do som para a Tribuna de Honra. Culpa dos organizadores do evento. Como sempre culpa dos outros.
A vontade de ser Médici é grande. Chegou até a mencioná-la, indiretamente, referindo-se genericamente aos governos militares, ao fazer menção ao período do pleno emprego. Da facilidade que oferecia para a procura de emprego melhor remunerado, ou que melhor se ajustasse à vocação natural do trabalhador. Naturalmente assegurada pelo “diabólico” Fundo de Garantia por Tempo de Serviço- FGTS, que substituiu a enganosa estabilidade no emprego, emprego que então estava disponível para todos, ou quase todos, que desejassem trabalhar e não apenas correr atrás de “bolsas”. Não falou mais, pois sua “força tarefa” de propaganda, onde alguns de seus integrantes são especialistas da guerra psicológica dos “anos de Chumbo”, deve ter recomendado silêncio, uma das armas mais eficazes do “Patrulhamento Ideológico”.
Aposto 10 X 1 que a Força Tarefa vai arrumar um modo do Sr Lula voltar ao PAN para ser aplaudido por uma claque de “bolsistas” , a mesma que é ouvida nas pesquisas de opinião, com uma grande cobertura da “Globo”.


Texto de General de Divisão Reformado Agnaldo Del Nero Augusto

Um comentário:

Tom disse...

Galego,
Eu estava lá, ao vivo e à cores e posso te garantir. Houve vaia? Sim. Mas foram mínimas diante da quantidade de pessoas que o aplaudiram. É claro que um coro puxado por opositores estratégicamente posicionados no Maracanã com o intuito de causar o constrangimento deu certo. A mídia inteira noticiou o acontecido. O Objetivo foi atingido. Mas a verdade é que a vaia não passou de 2 minutos e os aplausos ao presidente durou mais tempo do que ele mesmo imaginava. Achei prudente a decisão de não se expor. O brasileiro, como o Governo, está acostumado a sempre querer culpar alguém pelos erros que são de fato da sociedade. Nós erramos e continuamos errando a partir do momento em que não nos impomos como cidadãos que pagamos nossos impostos e deveríamos exigir, não só do Goveno, mas também da iniciativa privada e de toda a sociedade, mais respeito com a gente!
Acho que o que tá faltando agora, não é criticar o Lula. Afinal, não somos contra ele. Somos à favor de que o Governo do Brasil dê certo! Somos contra o rumo que o nosso país está tomando. O nosso papel agora deveria ser de unir forças para solucionar os problemas, e não de apenas criticar, vaiar ou continuar nessa postura de desrespeito as normas sociais que são a base de uma nação em crescimento.
Infelizmente, a única coisa que a gente sabe fazer é reclamar. Apontar soluções e se levantar para a luta, NINGUÉM QUER!

Abraços,

Tom

Sou o que me convém ser...

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