quinta-feira, 5 de julho de 2007

Hospital dos Amigos

Duas pacientes na tarde de hoje.
Julianna D'uvallier, 26 anos, designer em ambientes.
Layla Monteiro de Abreu Sodré, 27 anos, museóloga.

O caso de ambas é infinitamente idêntico. Mudam os personagens apenas. Até a geografia aproxima ambas - ou pelo menos a mesma BR 101 - o que detona um parecer diagnóstico semelhante.

As duas perderam de vez o amor próprio, e vez ou outra, permitem que os fantasmas do passado ou do passado recente as afastem de uma realidade mais palatável.
Todavia, as duas devem seguir uma posologia que alterna a utilização de um antidepressivo chamado amor próprio 80mg. Ainda, utilização de drágeas diárias de superação onde a composição é trabalho 50% e amigos 50%. É necessário complementar o tratamento com uma dieta rigorosa baseada em baladas regadas a muito riso e muito beijo. Caso não exista beijo de qualidade disponível no mercado, não usar o genérico, utilize a versão paquera light com crepes diversos.

O acompanhamento médico será total, inclusive existirá uma supervisão velada onde em ocorrências de maior gravidade, será utilizado o antibiótico Verdade Sempre 100mg via oral.

Por fim, libero as duas pacientes para o fim de semana próximo, marcando nova intervenção clínica, caso seja imperiosa a necessidade de tal procedimento.

Dr. Yendis Said - CRM 011176
MÉDICO ORTOMOLECULAR MENTAL PSICO PEDAGÓGICO

Um comentário:

Gilmar Júnior disse...

Tive pena da Ju,
Mas diga a ela que ela vai se recuperar com certeza... o problema dela é que ela tomou uma superdosagem de amor e sendo assim, está acarando com os efeitos colaterais. A cura seria tão simples, bastava ter seu grande amor em seus braços. Mas isso não é possível. E sendo assim, este amor está em fase terminal...

Sou o que me convém ser...

Sou o que me convém ser...