quinta-feira, 26 de julho de 2007

O Parnasianismo.

"O Parnasianismo foi vítima da inteligência que construiu a prisão onde quis encarcerar o poeta."
Postarei esse texto apenas para clarear a opinião de alguns visitantes que teimam em dizer que não sigo o parnasianismo. Sigo sim. Embora o realismo seja margem de cada linha que publico, vejo no parnasianismo a essência de cada obra projetada e produzida: "O mundo real é quem incentiva o criador".
Originariamente da França, é a poesia que segue os princípios da estética realista. Apesar disso, ideologicamente os romancistas realistas e naturalistas não tinham exatamente os mesmos propósitos da manifestação poética desta época. O movimento recebe esse nome por causa de uma antologia, Parnasse Contemporain, publicada a partir de 1866, na França, essa incluía poema de T. Gautier, de Lecomte de Lisle e outros. Esses poemas revelavam gosto da descrição nítida, metrificação tradicional, preocupação formal e um ideal de impessoalidade. Embora acompanhe cronologicamente a prosa realista, a poesia parnasiana apresenta dificuldades na definição de seu marco inicial. Há quem sugira a data de 1880, quando da publicação de Sonetos e Rimas de Luís Guimarães Júnior (1845/1898). Outros, no entanto, preferem assinalar a de 1882, quando Teófilo Dias publicou Fanfarras. Mas o movimento só se definiu realmente a partir de Sinfonias (1883) de Raimundo Correia, seguida de Meridionais (1884), de Alberto de Oliveira e de Poesias (1888) de Olavo Bilac. Quanto à data que marca o fim de seu domínio absoluto, parece não haver polêmicas: 1893, com a publicação de Missal e de Broquéis de Cruz e Souza é bastante aceita. Mas a morte do Parnasianismo não acontece, tanto que algumas obras surgem após 1922). Características postura anti-romântica objetividade temática arte pela arte culto da forma - representada pelos sonetos, versos alexandrinos (12 sílabas poéticas, rima rica, rara e perfeita) tentativa de atingir a impassibilidade e a impessoalidade universalismo descrições objetivas da natureza e de objetos retomada da Antiguidade Clássica com seu racionalismo e formas perfeitas surge a poesia de meditação, filosófica - mas artificial A preocupação exagerada com o poema, tratando-o como produto concreto, final, acabado em que se deposita toda a importância; o afã na construção do objeto, deixando de lado o conteúdo, o sentimento poético, tudo isso parece um reflexo do processo de produção mecânica acelerada em que a época vivia, transformando até o próprio homem em mais um objeto de consumo.


Imagem copiada do google através do site http://www.pcg.com.br/guia/guiaencinoeeducacao/parnacionismo

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