sexta-feira, 2 de março de 2007

O Homem é um ser político...


Desde a tenra infância, todo ser humano é um ser político. Já na alfabetização, a política está inserida em nossas vidas, tendo em vista que o pequeno infante já barganhava a merenda escolar – por muitas vezes com métodos pouco recomendáveis – com o (a) coleguinha de sala. Tudo isso acontecendo sob os olhares atenciosos da tia (professora) que nos acompanhava. Todavia, com o crescimento físico-social, fomos avançando as séries, e criando laços interpessoais que são os fatores que moldam parte de nosso caráter. Eis que alcançamos a adoloequência, fase tão esperada por nós, e tão odiada pelos nossos pais. Nessa fase, alguns seres humanos já têm definidos, quais papéis irão assumir diante do palco político do ambiente a qual pertence. No meu caso, essa fase foi dividida por espaços geográficos urbanos, pois cresci ao lado de uma família que respirava política – Família Coelho – e alterna o poder até os dias atuais. Pois bem, estava eu no 1º ano científico, regularmente matriculado no Colégio Objetivo, pedi transferência para um Centro Interescolar Estadual (Otacílio Nunes). Por tratar-se de escola pública, o Otacílio possuía as mesmas deficiências que hoje imperam em boa parte das escolas, e naqueles dias, por lá se realizava a gincana escolar, onde vários grupos se formavam visando à vitória. Por estar chegando de escola particular eu já não era bem visto pela maioria dos alunos, porém, como já havia morado no bairro, conquistei alguns amigos que também estudavam no recinto. Comecei a me excitar com a idéia de participar, pois eu queria ajudar a escola que era referência de ensino. Por muitas vezes, fui hostilizado por alguns membros das equipes já registradas, sendo taxado de filhinho de papai e coisas do tipo. Mas não me acanhei. No ímpeto cancão que nutro, decidi, acompanhado de 4 amigos, a formar uma equipe e concorrer na bendita gincana. Ah, pra quê eu inventei isso. Foi bronca de todo o tamanho. Os alunos começaram a sair das equipes já existentes e ir para a nossa, e a antipatia que alguns sentiam começou a ganhar proporções gigantescas. Eis que competição começa. Na primeira semana, minha equipe – Pégasus - embora a mais estilizada e bem aparelhada, perdia feio, sem conseguir superar as concorrentes. A nossa única chance estava na parte de redação, já que tínhamos uma equipe coesa e a ajuda de professores amigos de minha mãe (que também era professora da Rede estadual). Porém, as outras equipes eram do PC do B e do PT, quadros que possuíam pessoas altamente qualificadas. Era uma pedreira só. Faltando 2 eventos para declarar o vencedor, eis que surge a tarefa que daria 50% dos pontos que consagrariam o vencedor: Promover meios para beneficiar a escola no âmbito físico estrutural. As equipes adversárias correram no comércio local e conseguiram tijolos, areia, cimento, ou seja, material para reforma e construção de um jardim pequeno. Porém, eu tinha uma carta na manga. Nessa época, o prefeito era uma pessoa que tinha laços estreitos comigo, e bastou uma ligação e tudo mudou. Consegui uma máquina pesada para limpar 2000 metros quadrados da escola, 100 mudas de árvores e mão de obra para a escola. Resultado: ganhamos a gincana, tornamos nossa equipe a mais popular do Otacílio, fizemos um jornal semanal, e de quebra, ganhamos a antipatia de dois partidos políticos, pois eles ainda tentaram descaracterizar as melhorias físicas conseguidas, como abuso de poder econômico e ainda tráfico de influência. Diante disso tive a certeza que quem tem amigos – consegue tudo...

Um comentário:

Anônimo disse...

Realmente uma ótima análise sobre politica, poder e influência, isso é otimo quando usado de maneira a beneficiar atodos ... parabéns amigo.

Sou o que me convém ser...

Sou o que me convém ser...