Longe da visão comercial que a mídia e o capitalismo latente evoca no mundo, lembro-me das lições que meu velho avô Maneca impôs a respeito das datas comemorativas cristãs. A Semana Santa era um período de reflexão e fraternidade. De mesa farta e conversas entre os membros de numerosa família. Claro, que como bom cancão que sou, não negarei os barracos que invariavelmente ocorriam após o consumo de vinhos tintos comprado em seu Artidônio. O bacalhau sábiamente aumentado com doses generosas de batatas mais parecia um Batatalhau, mas que o velho Maneca conzinhava com maestria ninguém nega.
Lá a conversa girava em torno - pra variar - sobre os sobrinhos e filhos, e sempre tinha uma tia que adiantava no sermão. Aí já viu: Barraco.
Contudo, o ambiente nunca chegara a hostilidade, pois no final todos estavam rindo de Pilba (Fernanda Torres Cancôa Nossa) e embora vovô muito católico e exigente das tradições, terminava aquela cerimônia no ambiente mais rico que vivi, repleto de risos e piadas.
Tempo bom. Muito bom...
Queria que 10% da população vivesse a Páscoa como a minha. Certamente a vida teria outra visão, pois embora nossa família tenha ascendência holandesa, alemã e italiana, nada me impede de afirmar que tinha dias que mais parecia o confroto Irã e Israel, embora, no final, todos estavam unidos em torno da mesa e da figura imponente de meu avô.
Que DEUS urgentemente faça valer sua presença diante do mundo. Que seja feita sua vontade. Boa Páscoa pra todos. Boa Semana Santa, a Santa Semana. Deus preencha o coração de todos nós.
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