quinta-feira, 28 de junho de 2007

Jarbas diz que Senado “fede”.

Do JC Edição de 28/06/2007 - Entrevista do senador Jarbas Vasconcelos - PMDB/PE

No figurino de porta-voz informal da chamada “banda ética” do PMDB, o senador Jarbas Vasconcelos (PE) disse ontem que o Senado está “fedendo”. Segundo Jarbas, “o Senado está indo para o imponderável, está se estrangulando como instituição”. Ele avaliou que a terceira renúncia no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa está “atrapalhando a vida do Senado”, que não pode ficar “na perplexidade” em que se encontra, sob pena de se desmoralizar.
Preocupado com a demora da tramitação do processo contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), no Conselho de Ética, Jarbas propôs que os líderes das bancadas partidárias se reúnam com o presidente do Senado para pedir que ele se afaste do cargo enquanto estiver sob investigação.
Jarbas avalia que o Senado precisa quebrar a inércia e dar um desfecho ágil ao processo, “doa a quem doer, chateie a quem chatear”. “Se querem absolver Renan, que absolvam logo. Se querem puni-lo, que punam, mas o que não dá mais é para ficar como está. Essa perplexidade do Conselho de Ética e do próprio Senado não resolve nada”, advertiu, negando, porém, que estivesse à frente de um movimento pelo afastamento de Renan, embora admita defender esse ponto de vista. Segundo ele, Renan deveria ter se afastado desde o início do processo, quando perdeu as condições políticas de se manter no cargo. “O que não pode é (o Senado) ficar sangrando e, mais do que isto, fedendo.”
O peemedebista sabe, no entanto, que sua posição é minoria não somente no Senado, mas na sua própria bancada, com 20 integrantes. “No PMDB, acho que só eu, Pedro Simon e mais dois senadores defendem o afastamento”, afirmou.
Jarbas garantiu que embora defenda a saída de Renan, não pretende ser candidato a presidente da Casa. Seu nome teria sido lembrado ontem pelo ex-presidente FHC, em reunião dos tucanos. Também não quis opinar sobre qual o nome ideal para o cargo. Ele admitiu estar ciente de que o Planalto considera a permanência de Renan na presidência como ponto fundamental para a manutenção do chamado governo de coalizão, montado pelo presidente Lula visando dar sustentação política à sua segunda gestão. Mas avalia que o acordo não corre riscos se o substituto vier da base governista.
Realmente eu não sei se a normalidade é viver a beira do abismo assistindo escandalosas situações ou anormalidade seria que a moralidade vigorasse no País.
Francamente. Abre o olho Brasil.

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