sexta-feira, 29 de junho de 2007

A Casa da Rua - V Capítulo

Evanira, Wilma, Sharllys, Kallyanna Silmara, Tonny Kennard estavam em férias na capital pernambucana. Nessa época só existia o Shopping Center Recife, que desde sempre já era uma monstruosidade de centro comercial. Todos radiavam alegria em tão belas vitrines e inumeráveis atrações para criançada. Brincaram no parque de diversões de outrora, andaram de escada rolante 845 vezes, tomaram sorvete da Kibon Sorvane, compraram na C&A, provaram de todos os perfumes da Mesbla, visitaram também as Casa José Araújo – Onde quem manda é o freguês – e deliciaram-se das comedorias da Karblen. Já findava a tarde quando cogitou-se a idéia de irem pra casa, quando Evanira lembrou que deveria passar em uma loja de cristais, tendo em vista aproximar-se de um casamento em Petrolina, e caso ela comprasse o presente aqui, sairia muito mais em conta. Naquela época, os cartões de crédito eram poucos, tudo se pagava em dinheiro vivo. Evanira contou o que restava de seu rico dinheirinho, e notou que daria pra comprar um vaso de cristal delicado e de bom gosto.
Ao chegar a loja, Evanira determina que Wilma ficasse nos corredores do Shopping cuidando da prole indócil, enquanto ela escolheria e pagaria o valioso presente.
Sharllys que era mega mimado protestara:
- Mainha, deixa eu ir com a senhora.
Evanira retrucou:
- Filhinho de mamãe, fique com a Tia Wilma, pois a loja é muito cara, e imagine se você entra e quebra um desses cristais. Mamãe passaria o ano para pagar tal prejuízo.
Diante dos argumentos, o filho choroso aceita a determinação, e fica aos cuidados da outra tia.
Menos de 5 minutos após adentrar a loja, Evanira ávida por descobrir um presente de bom gosto e preços módicos, inclina-se para ver o preço de um jarro lindíssimo importado da Rússia, que pelo preço, esticando as sobras daqui e dali, daria para pagar... Acontece que ela levava uma bolsa tipo “Feira de Verduras” de tão grande, e ao virar-se para perguntar o desconto à vendedora, a bolsa soltou a haste do braço e foi de encontro a toda prateleira de importados, quebrando os cristais expostos...
Foi um rebuliço imenso, e Wilma correu ao encontro de Evanira para saber o que havia acontecido. Evanira mexia a boca de lado, de banda e nada de sair uma palavra... E Sharllys apontava satisfeito:
- Tão vendo? Se eu estivesse ido a culpa seria toda minha.
Ao final, nem vaso, nem jarro, nem presentes... Só um prejuízo de alguns milhares de cruzeiros que a loja teve que cobrar.
- E Evanira como boa Cancôa, baixou a pressão arterial e colocou a culpa em Wilma, pois ela deveria ter ficado coma bolsa.

2 comentários:

Unknown disse...

ACHEI O FINAL MUITO ENGRAÇADO

Unknown disse...

Mas nenhum chega aos pés do BOLO...KKKKKKKKKKKKKKK

Sou o que me convém ser...

Sou o que me convém ser...