segunda-feira, 21 de maio de 2007

Partidas...



“Nasci na Gália no ano de 22 e desencarnei na Líbia no ano 20 da era cristã. Fui oficial da legião dos leões que estava na Líbia, Núbia.Como governador de Al Katrim, me comprazia atrelar na minha biga puxada por dois cavalos velozes, crianças, homens, mulheres, novos e velhos que eram puxados através da estrada seca e pedregosa daquela região da África. Os corpos se despedaçavam e eu era exaltado pelos meus pares... Morri em combate com tropas egípcias e me deparei em uma região de treva profunda, talvez uma caverna. Muitos gritos e rostos aterradores me esperavam. Fui levado a um estado de total animalidade por mil e quinhentos anos, quando servos de Maria me resgataram. Sendo levado a outro plano, fui aos poucos tendo meu perispírito reajustado, minha mente normalizada e meus pensamentos corrigidos. E compreendi os horrores que cometi. Que tristeza DEUS. Por trezentos anos permaneci em preparo para reencarnação e pedia a graça de receber para desencarne o mesmo destino dado por mim a outros. No ano do Senhor de 2001, após busca incessante por quem me recebesse como filho, um casal tiranizado por mim aceitou. Reencarnei. Agora em comoção generalizada, como irmão Joãozinho, desencarnei e agradeço ao Pai ter me atendido dando destino, nem igual ao que dei às minhas vítimas. Estou em paz, estou na luz. Resgatei um pouco do meu passado, outros momentos virão. Confio em DeusTitus Aelius”


Mensagem psicografada de João Hélio no Centro Espírita Leon Dennis, que ele freqüentava com os pais.


Recebi esse e-mail - o qual não consegui identificar sua veracidade - onde existe essa mensagem, como psicografada do menino João Hélio. Não me interessa se de fato foi ele, ou se outros espíritos conceberam a mensagem, o que me traz a comentar tal ocorrência é a eterna dúvida que persegue a humanidade quanto a vida pós-morte. A Bíblia cita "há muitas moradas na casa do meu Pai", e a citação deixa explícito que outras vidas são exercidas conforme a conduta que temos em cada uma de nossas encarnações. Ora, através de diversas passagens bíblicas encontramos nuances que semeiam a idéia de novas aventuras no mundo. Se observarmos com a razão veremos que realmente as passagens históricas concebem essa idéia. Se não fosse assim, como explicaríamos as ações no Oriente Médio, na Ásia e em outras regiões do mundo? A violência é impermeabilizada com cores de caráter religioso, onde seus atores são movidos por sentimentos kamikazes e deixam para eternidade histórica, o rastro de dor e destruição com marcas nítidas na personalidade de cada um daqueles povos.

Tento isentar minha opinião pessoal acerca do tema. Até porque a notícia deve ser laica, impessoal, intransponível... Todavia, acho que refletir o assunto seria oportuno. O mundo caminha a passos largos rumo à destruição. A humanidade acelera a velocidade rumo ao fim. Nós brasileiros, ainda vivemos uma realidade distante desses embates, contudo, somos vítimas e algozes de diversos crimes contra a vida. A violência – fruto da ausência de valores – é apenas um dos monstros indomáveis que nutrimos dia-a-dia. E cedo ou tarde, seremos surpreendidos por uma guerra civil explícita, pois embora fechemos os olhos para as ocorrências, ela, a violência, já é parte inserida da nossa rotina.

Acredito que a fragilidade da fé tem tornado a humanidade carente de explicações, e até prova contrária, o espiritismo tem se revelado uma forma amena de entender o cotidiano e seus acontecimentos. A Igreja Católica – embora torça o nariz – tem na Renovação Carismática a exaltação ao espírito. As igrejas pós Cristo também possuem em sua maioria, a idéia de vida pós-morte quando imprimem a certeza de uma vida melhor após o falecimento. As religiões mais antigas também fazem menção a outras vidas. De tal modo, tudo leva a crer que só sendo muito tolo acreditar que DEUS com sua genialidade daria prazo de duração única para cada um de nós. Ledo engano... A única saída para todos, pobres e indefensáveis mortais, é ter a certeza que fora da caridade e do amor ao próximo não há salvação. E isso é fato.

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Sou o que me convém ser...

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