quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Das Raízes Eternas

Relembrando alguns causos em vida, refletí o quanto peralta fui.
Acho que nascí predestinado a ser elétrico.
Fui moleque de rua, de tomar banho de chuva e de fazer piscinas em poças de água. Brincava de tudo que fosse 'em voga', e adorava ser eu mesmo o autor e cúmplice de minhas travessuras.
Quantas goiabas, mangas, cajus, siriguelas, pitangas, umbús cajá e umbús normais catei sobre os muros que circundavam meu mundo. Sorvetes? Refrigerantes? Biscoito recheado? Tinha sim. Mais o sabor de manga verde com sal (e pimenta do reino) era o lanche preferido.

Amigos então: Nossa. Infinitos...
Quando juntava a rua que eu morava e mais duas ruas vizinhas, a bagaceira tava feita.
O perigo morava mesmo é quando ocorria a junção minha com meus primos e primas. Pronto! O desmantelo era grande. Silvinho, Sandrinho, Veveta, Lila, Serginho, Soraya, Vana e toda molecada agregável (observados por Silene que era a mais ajuizada), os vigias do CESP, do BB, do JB e imediações já sabiam que teríam trabalho extra.

Resumindo, EU SOU NORMAL.

Em miúdos: Que pena sinto dessas novas gerações que fissuradas em plays, devedês, e meio mundo de ês não saberão jamais o sabor da fruta roubada. Nunca conseguiram sentir nos pés a maciez do barro e da lama sadia da chuva. O cheiro doce da terra molhada.
Esses novos meninos e meninas tão ligados em MP3, 4,5,6,8, jamais ouvirão o estalar das fivelas em nosso encalço - vovô era mestre nisso -que poucas vezes nos alcançavam.


Pobres moços.

Sou o que me convém ser...

Sou o que me convém ser...