quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Sensação e Emoção - uma linha tênue, quase imperceptível...



Acabo de conversar com minha terapeuta ocasional, Dra. Adriana dy Moraes, que me fez alguns relatos abordando o tema desse post.
De fato, passado o carnaval, vem a avaliação dos beijos, dos afagos, dos carinhos. E começamos a refletir sobre Sensação e Emoção, logo, já que humanos somos, temos que saber diferenciar tais tópicos.
Quando um simples toque de mãos, ou uma troca de olhares, ou até um beijo fortuito nos provoca aquele sentimento que há tempos não nos acometia, devemos encarar que aquilo é sensação. Uma sensação boa, claro, já que nos faz sentir vivo... Contudo, ao sairmos de casa na sexta pré-momo, sabíamos que a festa da carne traz a reboque um mix completo, que vai do tesão ao amor, sem escala, porém, com conexão na decepção, na tristeza, na angústia... Nunca um telefone celular é tão olhado esperando aquela ligação. A caixa de e-mails então nem se fala. É atualizada a cada 5 minutos esperando um convite pro cinema, ou uma balada, ou até quem sabe, um barzinho pra ouvir Andréia Luiza... É fogo. Todavia, o risco é laico, existe e latente pulsa. Sensação tem que ser vivida sem neuras, tem que ser aproveitada, sugada, e exaustivamente consumida. O maior problema consiste na linha tênue que separa a mesma da emoção. Eita linha imaginária. Essa é mais complicada que a linha do equador. Não existe de fato, mas existe de direito. Nos confunde de tal modo que acordamos pensando nos preparativos do casamento. Só que por muitas vezes esquecemos de conversar com a outra parte, aliás, será que avaliamos bem a outra parte? Ou tudo não passa do fruto da rica imaginação que alimentamos diuturnamente? A emoção é prima-irmã da razão, se bem que de vez em quando ela nos apronta alguma. Alimenta-se de utopias, em seguida sofre de disfunções digestivas das bobagens que consumiu, pra se consultar na clínica da razão. Essa por sua vez, indica medicamentos amargos como segurança, discernimento e certeza daquilo que vai querer nos próximos meses. O único problema, é que o tratamento demora quase um ano, salvo se nesse meio tempo, o elixir da escolha faça o efeito desejado. Caso contrário, no carnaval vindouro - eis que sorrateira - lá vai a sensação conduzir os passos, e por mais uma vez, fazer de conta que os sintomas da quinta feira são inéditos e nunca antes sentidos... Vai entender o ser humano!!!!!

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Sou o que me convém ser...

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