segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Sair do Dicionário.

Certas composições caem feito luvas. Mas luvas não caem, vestem-se. Então eu bebo na fonte das músicas tudo que é necessário para compor meu dia. E assim, na minha Usina de Sons e Melodias, vou construindo o meu enredo, que oscila entre o eclético e o popular, entre o repetitivo ou até piegas, o que também não importa. Para fazer valer basta que a mensagem seja entendida.

Vou Tirar Você do Dicionário

Zélia Duncan - Composição: Itamar Assumpção e Alice Ruiz


Eu vou tirar do dicionário a palavra você, vou troca-lá em miúdos.
Mudar meu vocabulário e no seu lugar vou colocar outro absurdo.
Eu vou tirar suas impressões digitais da minha pele, tirar seu cheiro dos meus lençóis.

O seu rosto do meu gosto, eu vou tirar você de letra nem que tenha que inventar outra gramática. Eu vou tirar você de mim assim que descobrir com quantos "nãos" se faz um sim. 
Eu vou tirar o sentimento do meu pensamento, sua imagem e semelhança...

Vou parar o movimento a qualquer momento. Procurar outra lembrança. Eu vou tirar, vou limar de vez sua voz dos meus ouvidos. Eu vou tirar você e eu de nós, o dito pelo não tido. Eu vou tirar você de letra nem que tenha que inventar outra gramática...

Eu vou tirar você de mim assim que descobrir com quantos "nãos" se faz um sim.

Um comentário:

Marcelo Moraes disse...

A música tem alma, portanto ela nos transforma de uma forma indescritível. Viva o seu poder de nos alegrar quando necessário e de nos "repreender" quando for preciso. Abraço amigo!

Sou o que me convém ser...

Sou o que me convém ser...