terça-feira, 11 de setembro de 2007

Eu vi você... Prefiro quando não vejo...

Fragmentos de "Jogo Perigoso" textualizado desde narração de Bethânia:Eu vou te contar, que você não me conhece. E eu tenho que gritar isso porque você esta surdo e não me ouve. A sedução me escraviza a você.
Ao fim de tudo você permanece comigo. Mas preso ao que EU CRIEI e não a mim...
E quando mais falo sobre a verdade inteira, um abismo maior nos separa.
Você não tem um nome, eu tenho! Você é um rosto na multidão e eu sou o centro das atenções.
Mais a mentira da aparência do que eu sou, e a mentira da aparência do que você é...
Porque eu, eu não sou o meu nome e você não é ninguém.

O jogo perigoso que eu pratico aqui, ele busca chegar ao limite possível de aproximação através da aceitação da distância e do reconhecimento dela.

Entre eu e você existe a notícia que nos separa. E Eu quero que você me veja a mim. Eu me dispo da notícia. E a minha nudez parada te denuncia e te espelha.
Eu me delato. Tu me relatas. Eu nos acuso e confesso por nós, assim me livro das palavras com as quais você me veste.

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Sou o que me convém ser...

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