Ao fim de tudo você permanece comigo. Mas preso ao que EU CRIEI e não a mim...
E quando mais falo sobre a verdade inteira, um abismo maior nos separa.
Você não tem um nome, eu tenho! Você é um rosto na multidão e eu sou o centro das atenções.
Mais a mentira da aparência do que eu sou, e a mentira da aparência do que você é...
Porque eu, eu não sou o meu nome e você não é ninguém.
O jogo perigoso que eu pratico aqui, ele busca chegar ao limite possível de aproximação através da aceitação da distância e do reconhecimento dela.
Entre eu e você existe a notícia que nos separa. E Eu quero que você me veja a mim. Eu me dispo da notícia. E a minha nudez parada te denuncia e te espelha.
Eu me delato. Tu me relatas. Eu nos acuso e confesso por nós, assim me livro das palavras com as quais você me veste.
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