quarta-feira, 17 de outubro de 2007

É ela...

Sonhei que era uma rosa, feminil e delicada...
acordei viril, musculosa e inadequada.
sonhei que era uma voz, a propor belas falas...
não a rudez que tolhe, em prosa que não calha...
no andar, no pensar, no amar, um eterno mal estar,
pra quê fui o amor inventar...

sou aquela que se entrosa com todos os meninos
vigorosa e desprendida nas bandas da vida
países não me explicam, parentes não me abrigam, poetas me perfuram,e palavras me penetram...
No andar, no olhar, no tocar,pra quê fui o amor revirar...
no feminino tímida. No masculino íntima, sou de improviso lúbrica,
de propósito rústica...

Sou o que me convém ser...

Sou o que me convém ser...