domingo, 20 de maio de 2012

Cacos de vidro que teimam em cortar.


É incrível como por mais que as pessoas achem que se conhecem, que se respeitam, que perdoam, que entendem ou que relevam, vem a vida e prova que não sabemos nada. E não falo de amores ou romances, falo de amizades, de cumplicidade, de se entender pelo olhar ou até pela situação. Em suma falo de amigos e amigas... Em tese construímos muralhas que servem para defender alguns amigos que escolhemos. Batalhamos, damos a cara pra bater e também pra apanhar... E vem o tempo ou alguma ocasião sem avisar e por uma falha miúda no script, descobrimos a verdade ou a falsa verdade que por ser talhada na mágoa acaba tornando-se factual. 

É chato, dói um pouquinho ou dói muito, não passa despercebido, mas se apaga em poucos dias da memória espontânea. Mas nunca, e registre-se o nunca, ficará esquecida. Como um fantasma insepulto, aquela cicatriz vai estar lá... usa-se quilos de maquiagens, pós, brilhos e até, quem diria, anti-idades nas mais diversas fórmulas miraculosas. Só que infelizmente o estrago foi feito. O hematoma coagulou e manchou a pele. Não só e também e ainda até a epiderme... a marca é na alma.

É uma pena.

Nenhum comentário:

Sou o que me convém ser...

Sou o que me convém ser...