quarta-feira, 2 de abril de 2008

Das compotas...

O ser humano tem dentro de si, vários compartimentos. Há uma espécie de prateleira cheia deles. Cada uma dessas compotas armazena algo, tal como as compotas de doces que temos em casa.
É necessário que essas compotas armazenam aquilo que nos serve na rotina implacável que nos rege.
As compotas do amor, da paixão, da razão, da verdade, da fraternidade, da tolerância, da serenidade, humildade, enfim, todas elas devem estar sempre cheias. Vazias devem estar a da maldade, do ódio, do rancor, da destemperança, da mentira...

Existem ainda algumas compotas que devem estar ocupadas sempre - com a diferença de que seu preenchimento deve ser o mínimo - mesmo que em pequenas quantidades. São as compotas do orgulho, da ousadia, da frieza, da desconfiança...
Então, foco nesses dias a compota do orgulho. Ela que já foi uma das minhas preferidas, hoje vive sempre na metade. Mas essa metade completa um todo - não se engane - e sua função é de me lembrar que solidariedade é uma coisa. Subserviência é outra. Parentes consangüíneos que são, essas compotas tão versadas nesse texto ilustram certos casos e acasos desta rotina fustigante que vez ou outra tenta corromper uma das grandes virtudes humanas: O nosso amor próprio.

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Sou o que me convém ser...

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