quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

As Pontes e a Travessia.

As pessoas são únicas. Isso é fato. Cada um constrói ao seu redor, um mundo épico que serve para delimitar até onde o outro pode chegar. Mais que uma defesa, isso é uma estratégia. Tal observação me lembra Michael Foucault, “Devemos não somente nos defender, mas também nos afirmar. Não somente enquanto identidades, mas também enquanto força criativa”.


Essas construções que muitos teimam em erguer podem ser muros, calabouços, porões, prisões... Mas eu me contento em construir pontes. Pontes sólidas. Ininterruptas. Seguras. Pontes que sobreviverão a mais cruel tempestade...  E as pontes que eu construí ou as que construirei são livres. Não cobro pedágios. Todos podem passar, circular por elas. E essas mesmas pessoas poderão entrar e sair à hora que quiserem, mas poucos, muito poucos terão residência no vilarejo que carrego no peito.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Eu tenho muita vergonha alheia...




Li isso no Facebook de um dos meus parceiros de lá. Confesso que não entendi a expressão, até visitar um álbum de uma, digamos, arremedo de cronista social. E olha que de estirpe eu ainda entendo, ou acho que entendo... Na verdade, as citações que postamos podem ser inéditas, compartilhadas, copiadas, até sutilmente furtadas de um ou outrem perfil. Mas as fotos... Ah, as fotos... Fotos são reveladoras - literalmente -  e acabam por mostrar exatamente o contrário daquilo que elas expõem. Explico: Você pode estar gordo (sic), careca, cheio de rugas, cheio de plásticas... Você pode até está tinindo de beleza. Mas se você não tem estilo, Q - U - E - R - I - D - O, não há mesa de frios ou talheres de prata que provarão ter você essa virtude.

Outra coisa muito desinteressante em álbuns de fotos no Facebook: Imitar as Revistas Caras e Quem. Na verdade, e em verdade vos digo, é muito "uó". 

Na boa: Entendo que as cidades crescem, evoluem (algumas), mas o pitoresco clima de província fica entranhado na pele, ou melhor, na falta de estilo que as ditas fotos escondem mostrando. As roupas até conseguem imprimir ou expressar um ar contemporâneo. Mas quando partimos pelas posturas corporais ou as famosas caras e bocas, ai o bicho pega. 

Portanto, fica a dica, se falta feeling naquilo que vais mostrar em teus eventos, faz o favor de ler Danuza Leão. O simples é chique, bem! 

Ah, não é da esforçada, digamos repito, jovem cronista social, a culpa do desastre de suas fotos ou frases nos álbuns. Antes de postar, REVEJA uma por uma, e assim, serás salva do king kong pós publicação. E também não serás condenada pelo bom senso sozinha. Darei uma parcela de culpa aos (as) modelos. Eles também - excetuando raríssimas e comprovadas figuras - não ajudam no resultado final que é totalmente atabalhoado. 

Em tempo: não é a riqueza ostentada nos pratos e seus sabores, suas cores e seus talheres, que dará garantia imediata da salvação do seu evento.


Depois de ler essa humilde crônica, ouvir Café Society, de 1955. A música mostra bem o que tentei dizer.

Sou o que me convém ser...

Sou o que me convém ser...